Num encontro memorável na 8ª conferência bienal do Porto de Maputo, a comunidade portuária e outras partes interessadas reuniram-se sob o tema “Para além da Extensão da Concessão: Construindo um Ecossistema de Desenvolvimento Integrado no Porto de Maputo”. As apresentações feitas pelo Ministério dos Transportes e Comunicações, pelos CFM, TRAC, MPDC e Royal Haskoning foram unânimes em apontar a necessidade de integração digital e a simbiose nas relações logísticas.
“Um dos desafios fundamentais que enfrentamos é a integração ferro-portuária. Melhorar o rácio entre o transporte rodoviário e ferroviário de mercadorias pode não só aumentar significativamente a eficiência do corredor, mas também reduzir os impactos ambientais e aumentar a sustentabilidade das nossas operações logísticas”, afirmou o Ministro dos Transportes e Comunicações. O Ministro desafiou a empresa Portos e Caminhos de Ferro (CFM), a aumentar a percentagem de carga movimentada por via ferroviária para o Porto de Maputo para 60%.
“Os próximos anos para o Porto de Maputo serão de grandes investimentos por parte de todos os actores envolvidos no processo de expansão. Todo este esforço só pode ser justificado se o corredor oferecer um serviço de qualidade a um preço correcto. Todos os intervenientes devem garantir a sustentabilidade deste sonho comum: atingir 54 milhões de toneladas de capacidade até ao final da concessão”, expressou o CEO da MPDC, Osório Lucas.
Em particular, o lançamento da iniciativa Rail2Port durante o evento, uma solução de integração entre os sistemas da CFM e da MPDC, foi saudado como mais do que um lançamento de plataforma digital, mas um testemunho de aspirações unificadas para melhorar o serviço ao cliente e a eficiência operacional.
As apresentações feitas na conferência sublinharam a interdependência das partes interessadas no corredor e defenderam a aceleração da integração digital além-fronteiras, reflectindo um compromisso partilhado para com uma conectividade fluida. Além disso, surgiu o imperativo de uma visão comercial e estratégica integrada, posicionando o corredor como uma entidade de serviço holística em vez de modos de transporte díspares.
A convergência das partes interessadas em torno de uma visão comum promete concretizar o potencial do porto enquanto elemento fundamental do desenvolvimento regional. Neste espírito de colaboração e previsão, o Porto de Maputo navega em direcção a um futuro definido pela integração, eficiência e prosperidade colectiva.